A fatiga de uma noite daquelas que não se passa e a insônia toma conta do “ser”.
A fatiga de uma noite daquela que eu me encontrava inquieto e o sono caprichosamente não veio, minha cama era como um tatame explorado por uma luta pesada. Meu corpo caprichosamente rolava de um lado para o outro e não encontrava lugar nem repouso.
Levantei vagarosamente, meu corpo pesava sobre minhas pernas que bambeavam buscando equilíbrio. Fui até a geladeira e abri com muita lentidão, tomei um pouco de água, um forte silêncio me conduzia para fora da casa.
Fui até a varanda, e de repente lá estava um convite à calmaria, a lua bonita no céu, ouvia cantos de pássaros noturnos, e ali comecei a lembrar momentos especiais que a vida outrora me permitira viver.
Olhando para o céu tão lindo e iluminado por aquele luzeiro chamado lua, nem parecia que momentos antes eu sofria de tal fatiga. Mas agora o meu espírito encontrava a paz que meu corpo pedia, e eu pensava se ao voltar para minha cama encontraria a mesma fatiga ou se continuaria com
aquela paz.
Era quase manhã, no canto da sala havia uma rede que nas tardes cansativa eu costumava deitar para buscar repouso. Fui até ela e deitei, ao levantar os olhos, lá estava as restas da lua a iluminar o meu rosto, fechando os olhos ouvia ainda o canto dos pássaros noturnos, que, como uma orquestra embalava meu descanso.
Autoria do texto: Sebastião Caldas
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