O reino de Deus é um tema inesgotável de beleza e admiração, de sensibilidade e encontro com a Palavra de Jesus. Através das múltiplas parábolas, Jesus fala carinhosamente do Pai e do que mais importa no caminho da salvação.
No texto de Mt 13,44-52 a alegria sobressai na preciosidade da pérola, do tesouro e da rede lançada ao mar. São três maneiras de tocar no cerne do discernimento cristão. O enfoque é na fé. A fé é um tesouro raro que tem por meta nos preencher do vazio e do instantâneo. A fé nos incute conteúdos de vida e esperança lançando mão do passageiro. É o que realmente temos de maior em nossa vida, o que dá sentido ao caminhar.
"A fé é o vazio do ser humano e o pleno de Deus; não é uma segurança nas trevas, mas é, apesar de tudo, uma esperança na qual me posso firmar” (Anselm Grün)
Nesta linha devemos nos questionar: o que ou quem é mais valioso para mim? Se a resposta for Jesus, o resto torna-se supérfluo e a delicadeza da paz será eterna. O grande tesouro que possuímos é a vocação divina que se expressa na adesão a Cristo e à sua Boa Nova. Se a fé não for convicção, patinaremos no escuro, nos debatendo sem encontrar saídas. Seremos apenas um ego inflado ocupado com o improvável e o improviso, sofredores, cansados de separar o joio do trigo, remando contra a corrente, corações turbulentos e barulhentos sem meio e fim.
Quem entende que o reino de Cristo é precioso se entregará, gastará sua existência, enfrentará os tempos conflitivos para consegui-lo. Com estas parábolas Cristo nos diz:
“corram, pois, a hora é essa. Há um tesouro à espera, não percam a oportunidade única!”.
Nesta jornada devemos aproveitar o que é bom, saudável e agradável a Deus. Perder tempo correndo atrás de bolhas de sabão e de vaidades não é sabedoria e sim fracasso. O que comanda nossa vida é a fé. Ela sim é sabedoria divina, pura inteligência animada pelo Espírito. É oportuno admirar e absorver os métodos do Pai para amadurecermos e fazermos escolhas santas.
“Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti” (1Rs 3,12).
Paz e bênçãos!
Autoria do texto: Pe. Nilton Cesar Boni cmf.

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