essa foto retrata a história de alguém que pensa no seu futuro e como seria o tempo mesmo que ela não tivesse mais neste mundo

A onde estarei daqui a vinte a vinte anos, se perguntava aquele home de alma jovial, sem medo de ser rotulado antiquado, lá estava ele a pensar onde estaria daqui a vinte anos. Duas décadas poderiam mudar muito a história daquele ser, muita coisa poderia mudar, a incerteza do futuro, a limitação que não o deixará prever o levou a fazer essa pergunta.

Talvez sua inquietação não seja apenas uma visão de si, mas do mundo, do tempo, de tudo aquilo que junto a sua existência poderia estar a fazer a história de um tempo. Vinte anos mais tarde ele poderia não existir como ser pensante a respirar os ares, a sofrer as inquietações e as angústias de todas as mudanças que se deram na construção daquele tempo presente. Mas ele despertava o desejo de mesmo na sua ausência existencial saber sobre como estaria aquele futuro no qual ele pensava.

Pode parecer um delírio ilusório, mas pensar no futuro nos faz pensar no lugar que estamos ocupando hoje, e aponta para a importância de construirmos um caminho para que no futuro, no lugar que ocupamos haja um alicerce, o qual tenhamos construído.

Onde ele estará daqui a vinte anos ele não sabe, mas onde quer que esteja o importante será a construção do caminho que o assegurará o seu espaço onde quer que esteja, nesta vida ou numa dimensão de eternidade.


Autoria do texto: Sebastião Caldas