Essa foto retrata o texto em que relata que toda vida tem seu antes, que lhe prepara, antecede e inspira o avançar. Amplia-se e atrai para o futuro motivando a continuidade. Sem se perder no aqui e agora, a vida se firma no hoje, enriquecida pelos frutos de ontem e investindo muito no amanhã.

Toda vida tem seu antes, que lhe prepara, antecede e inspira o avançar. Amplia-se e atrai para o futuro motivando a continuidade. Sem se perder no aqui e agora, a vida se firma no hoje, enriquecida pelos frutos de ontem e investindo muito no amanhã.

A Igreja tem como única fonte, o mistério da Trindade Santa. Ela é sempre transcendente, espiritual. Sem deixar de ser real, concreta. Porém, o local onde ela se situa é o ponto de partida. Seu olhar ultrapassa em muito o local. Ela é Universal e eterna. Para ir e chegar em todos os lugares do mundo até atingir o coração de Deus e o Reino eterno.

Assim a Igreja tem dois horizontes: a missão ad gentes e o Reino de Deus. Na verdade, a missão abarca a Igreja e leva avante até que se plenifique no Reino dos céus. Essa identidade substancial vivida na existência concreta torna a pessoa um ser fontal, pessoa inspirada e inspiradora, desejosa de compartilhar o seu melhor, de contagiar outras pessoas com seu amor e ardor.

Essa compreensão sobre missão constitui um modo de vida. Ser missionário desde o batismo, pela consagração imprime no cristão a graça de poder viver a vida com toda a intensidade e desejo de plenitude que se vai alcançando progressivamente. A pessoa missionária é um ser irriquieto. Ver o mais e busca o além de si mesmo. Tem olhos abertos e enxerga melhor porque seu coração também pensa e ver: os invisíveis que outros não veem (gente em situação de rua, surdos/ mudos, abandonados em casa, vulneráveis, prostituíd@s, pescadores, migrantes…).

O modo de viver em missão envolve a pessoa e a motiva a saborear o gosto pelos desafios e riscos despontados no caminho da vida e do serviço assumido. O amor por Jesus, por sua causa, por seu Reino e por todas as vidas é sentido e vivido numa atitude de gratidão por sentir-se tão amado (e por sentir tanto amor) que diante dessa força tudo fica relativizado. Como disse Santa Teresa de Calcutá, ama-se até doer. Amando assim até a dor vira amor.

As vulnerabilidades experimentadas torna a pessoa missionária mais próxima do Cristo que se esvazia, se rebaixa para ficar conosco em nossa frágil humanidade. É impossível viver esse modo de existência sem a força que vem do alto. É o Espírito quem leva, quem carrega, quem arrasta e conduz o ser missionário.

Muito importante por em relevo a validade do caminho sinodal. Não existe missionariedade (jeito de viver missionário) sem a sinodalidade (jeito de viver juntos). Os serviços e grupos de acompanhamento, articulação, planejamento e decisões, como os CONSELHOS, são instrumentos favoráveis ao modo vivencial missionário.

Sejamos missão. Sejamos sinodalidade!

 

Autoria do texto: Pe. Gordiano, 22/11/23.